Blogroll

E agora. Em quem votar? Saiba quando um candidato é mentiroso

Posted by Anônimo On terça-feira, 21 de setembro de 2010 0 comentários
Com a democratização política do país, as disputas eleitorais tornaram-se mais acirradas. Agências de propaganda são contratadas para produzir e vender imagens positivas de candidatos a cargos públicos, como se estivessem divulgando uma mercadoria. A mídia, especialmente a TV, é usada para manipular a opinião pública. Desse modo, apesar da liberdade de voto, a democracia fica comprometida. Ronald Kuntz, especialista em propaganda eleitoral (marketing político), tem conselhos importantes a nos dar para não sermos enganados na eleições.

Você sabe que um candidato é mentiroso quando:

1. tem soluções para todos os problemas e, pior, tenta provar que há recursos e que é possível resolvê-los todos se for eleito;

2. diz que vai realizar mais obras e prestar mais serviços (aumentar as despesas) e, ao mesmo tempo, afirma que vai reduzir impostos, ou mesmo que não vai aumentá-los;

3. gasta mais tempo em criticar os adversários e as propostas deles do que nadefesa de suas próprias ideias;

4. estimula a inveja e a revolta dos eleitores, mostrando o quanto e injusto "... tão pouco terem tanto, enquanto muitos têm tão pouco...", principalmente quando afirma ao mesmo tempo que, se eleito, os que têm pouco terão chance de ter muito;

5. é incapaz de responder objetivamente a uma pergunta clara e direta ou, ao ser questionado sobre um fato polêmico ou tema embaraçoso, finge que responde; divaga sem chegar à conclusão; ou muda de assunto e responde outra coisa, insultado a inteligência de quem pergunta e de quem assite ao diálogo;

6. tem a incrível capacidade de dizer, sempre, exatamente aquilo que você quer ouvir;

7. não faz nenhum inimigo; não favorece nem contraria frontalmente os interesses de nenhum grupo ou segmento social durante a campanha;

8. tenta mostrar que é "macho" e corajoso, afirmando que recebe ameaças de morte ou sofreu atentados "covardes", principalmente se oferecer como prova tiros na parede da residência, do comitê ou do automóvel;

9. ao ser alvo de boatos ou ser criticado por erro ou fato desabonados presente ou passado, em vez de esclarecê-los, se esconde atrás da esposa e dos filhos, tentando fazer-se passar (junto com a família) por vítima de calúnia e ataques maldosos e eleitoreiros;

10. se for candidato situacionista, nega que a máquina administrativa trabalhe a seu favor ( ou, se for ligado a sindicatos, nega que a máquina sindical esteja a seu serviço);

11. as fotografias que aparecem nos cartazes e outdoors de campanha mostram um candidato muito mais jovem do que o que aparece na TV e nos comícios;

12. já tendo ocupado cargos público ou eletivos, ele insiste em criticar e denegrir a classe política, como se não fizesse parte dela;

13. ele afirma que seu único compromisso é com o povo (ele sempre terá assumido compromissos com os aliados, apoiadores e cabos eleitorais, etc.);

14. ele tenta parecer mais pobre do que expressa a sua declaração de bens;

15. sem coragem de atacar diretamente seu principal adversário, um candidato majoritário cede seu espaço para que seu vice ou candidato proporcional "pau mandado", faça o trabalho "sujo", veiculando a denúncia ou acusação, fingindo nada a ter com o fato e insistindo na necessidade de manter alto o nível da campanha;

16. promete resolver problemas fora de sua alçada (ex-vereador promete congelar o preço de bens alimentícios; deputado promete reduzir juros bancários; etc.).

- Adaptado de "Você sabe que um candidato é mentiroso e tenta enganá-lo quando". Ronald Kuntz. Citado em: Gilberto Dimenstein, org. Como não ser enganado nas eleições. São Paulo, Ática, 1994, p. 22-23.

READ MORE

#NaoSouOmisso Brasil, um país de contrastes

Posted by Anônimo On segunda-feira, 20 de setembro de 2010 0 comentários
Os recentes números relacionados à economia e ao consumismo no país, realmente impressionam. A classe média expandiu 21,5%, colocando cerca de 25 milhões de pessoas no meio da pirâmide social. A pesquisa Economia Brasileira em Perspectiva, produzida pelo Ministério da Fazenda aponta que até 2014, a classe média terá 113 milhões de brasileiros.

Esquecendo um pouco estes números e estatísticas do Ministério da Fazenda, ainda existem os milhões de brasileiro que ainda não tem acesso à educação de qualidade. Fora daquelas escolas "modelos" que vimos nas propagandas do governo, estão as escolas com estrutura mínima e precária: bancas quebradas, goteira na sala de aula e no corredor, professores mau remunerados e despreparados, a merenda escolar desviada ou de baixa qualidade. Nos números do governo, a educação bate recordes de aprovação, mas o aprendizado ainda continua chato, desinteressante, o tal "copy, cola"

Tem também os belos cartões-postais, mas um pouquinho do lado deles estão as comunidades (ou favelas), que diferença faz se ainda vivem com esgoto a céu aberto, ruas esburacadas, casas de taipa e lona, à beira do rio. Que elas não ousem aparecer nos cartões-postais, pois (com certeza) serão reeditadas em photoshp para serem exportadas.

E tem também as pessoas que no momento em que escrevo este texto ou mesmo você o lê, ainda não fizeram sua primeira ou única refeição digna. Por que elas não comem se o Brasil é o quarto produtor de alimentos do mundo? É porque uma casa brasileira disperdiça, em média, 20% dos alimentos que compra semanalmente, o suficiente para alimentar 500 famílias.

O "país do contraste" se divide, praticamente em dois blocos. Os dos ricos e dos pobres.
Enquanto os ricos esbanjam luxo em carros importados, consumo desnecessário... Os pobres catam o dinheiro para fazer a feira do mês depois de trabalhar oito, doze horas sacrificantes para construir um país que não vai lhe servir, pois boa parte da renda vai para os ricos.

O que se vê é pessoas ricas concluindo cursos superiores nas melhores faculdades públicas do país, enquanto o pobre - que desperdiçou anos de sua vida numa escola pública de má qualidade, mendiga "cotas" para ter acesso ao que é seu por direito.

A gente ainda tem que aturar os governantes enchendo a boca para falar das melhorias que fizeram na saúde ou dos hospitais e clínicas que vão construir, mas que se doentes, irão para as clínicas e hospitais particulares custeados muitas vezes por esse povo que morre na fila do hospital em consequência de uma simples diarréia que poderia ter sido evitada se tivessem saneado àquela rua que a população pediu tanto.

E não acaba por aí, né. Os políticos ainda usam da necessidade do povo para fazer as trocas de favores. Prometem melhorias e até objetos pessoais pelo voto. "Meu único compromisso é com o povo" não é assim que eles dizem? Agora, tenta marcar uma reunião com o candidato que a sua comunidade elegeu nas últimas eleições. Deveriam nos representar, mas nos envergonham com atitudes desrespeitosas, sem ética e dignidade. Sem moral e corrupta. (Sem generalizar, vocês sabem que nem todos são assim).

Este é o momento para avaliarmos nossos conceitos de eleição. Por que o Brasil virou este país policialesco em que as manchetes são figuradas pelos políticos? Pense. Repense. Pesquise. O momento de dar o basta para essas "sacanagens" é este. Dia 3 de outubro, vote consciente.

Domingos Santiago

Fontes:
Sobre a classe C
Desperdício de alimentos
Foto
READ MORE

Análise Debate RedeTV/Folha SP - Parte 4 (Final)

Posted by Domingos Santiago On segunda-feira, 13 de setembro de 2010 0 comentários
No último bloco do debate, os candidatos voltaram a se confrontar.
Plínio iniciou o bloco analisando a proposta do tucano em relação à saúde. Serra afirmou que há muito cabide de emprego no governo, e que irá mudar drásticamente o quadro da saúde pública no seu governo. Plínio voltou a falar da "bolsa banqueiro" e falou da necessidade de reduzir os gastos e elevar os investimentos.

Dilma questionou com Marina a respeito da pobreza no campo e como a verde pretende encaminhar as estratégias da agricultura familiar. Marina defendeu o acesso à terra para todos. "No Brasil, há espaço para todos: pequenos, médios e grandes". Reafirmou a importância da agricultura familiar e do extrativismo.

Serra questinou Dilma sobre o saneamento e a alta tributação nesta área. Dilma destacou os projetos do PAC para esgoto e água tratada, propondo metas de universalização do saneamento.

Marina perguntou a Dilma "quais medidas serão tomadas para que episídios como o da Receita não venham a ser banalizados". A petista reafimou que irá se empenhar para fiscalizar os órgãos. E punir "doa a quem doer" os responsáveis.
READ MORE

Análise Debate RedeTV/Folha SP - Parte 3

Posted by Domingos Santiago On 0 comentários
No quarto bloco, os candidatos voltaram a responder as perguntas das jornalistas Patrícia Zorzan e Renata Lo Prete.
Patrícia Zorzan questionou Serra sobre sua posição em relação ao presidente Lula. A jornalista questionou de ele ter usado a imagem do presidente na no programa eleitoral. Serra reafirmou que Lula é um homem de história e que se fosse necessário, Lula estaria no seu guia eleitoral.

Renata Lo Prete perguntou a Plínio de Arruda sobre sua posição em relação ao Bolsa Família, citando a fala em que o candidato afirmou que o programa é uma ofensa para quem recebe. Plínio reafirmou sua opinião e completou que quem recebe tem direito a um trabalho digno, um salário digno.

Patrícia Zorzan voltou a falar sobre os escândalos da Receita Federal e questionou a candidata Dilma de os acusados da violação do sigilo serem do partido da candidata e as agências serem do ABC Paulista, região onde se formou o Partido dos Trabalhadores. Dilma afirmou que se trata de um malabarismo de tentar ligar o vasamento á sua campanha, dizendo que nos meses em que ocorreram a violação não havia candidatura nem pré-candidatura, campanha nem pré-campanha.

Renata Lo Prete questionou a brincadeira de Marina no início da campanha em que a candidata afirmava que não era preciso fazer campanha no Acre, pois era a terra de onde veio, no entanto, a candidata está atrás de Dilma e Serra nas pesquisas do estado. Marina manteve a brincadeira e afirmou que os acreanos a "conhecem de ponta a ponta. Não vou fazer exigências ao povo acreano", completou.
READ MORE

Análise Debate RedeTV/Folha SP - Parte 2

Posted by Domingos Santiago On 0 comentários
No segundo bloco, as perguntas foram formuladas pela jornalista Patrícia Zorzan e Renata Lo Prete.
Na primeira rodada, Patrícia pergunta para Marina Silva sobre o alinhamento do desenvolvimento sustentável com o consumismo.
A candidata defende o desenvolvimento sustentável como fundamental para que se tenha biodiversidade. "Boa parte dos partidos tem visão equivocada do desenvolvimento", afirmou.

Ao ser questionada pela jornalista Renata Lo Prete relatou sobre o novo caso de corrupção, denunciado pela revista VEJA e que envolve sua ex-assessora e então Ministra Chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, Dilma foi ponderante e afirmou ter a maior e melhor impressão de Erenice. Completou que o governo "irá apurar de forma rigorosa os fatos". Afirmou que o caso se trata de uma manobra eleitoreira e que envolve apenas o filho de Erenice, não a Ministra.

A jornalista Patrícia Zorzan perguntou diretamente a Plínio: "Quem irá pagar a conta do socialismo?". O candidato psolista afirmou que o importante é atender a função social e reafirmou a necessidade de estatização.

Renata Lo Prete questionou o candidato tucano que não quis se manifestar a princípio sobre as violações dos sigilos. Serra respondeu exaltado. "Agradecer ao PT? Agradecer a campanha da Dilma?" reinteirou que as violações são para fins eleitoreiros.

No terceiro bloco, os candidatos voltaram a debater entre si.
A comissão da REDETV/Folha de São Paulo, concedeu o direito de resposta a Dilma, por José Serra ter a acusado do envolvimento com os escândalos da Receita Federal.
A petista afirmou nos 60 segundos de direito de resposta que o candidato tucano e a campanha estavam sendo caluniadores. E reinteirou que "querem usar a mesa da democracia", afirmando no final que "vai manter o auto nível de sua campanha".
O pedido de direito de resposta de Serra foi atendido e o tucano se defendeu da acusação de calúnia.

O primeiro sorteado na rodade de perguntas foi o psolista Plínio de Arruda, que destacou a alta taxa de analfabetismo no país. A petista defendeu o governo expondo as últimas ações do governo para a alfabetização (desde  a pré-escola até a universidade). Na réplica, Plínio comentou a proposta do deputado Ivan Valente (PSOL), de investir 7% do PIB na educação. Propôs a Dilma acabar com a "bolsa banqueiro".
Dilma rebateu dizendo que só faz "pacto com a população brasileira". Destacou programas como Prouni, interiorização das universidades e a construção de escolas técnicas.

Serra foi o segundo sorteado e questionou a posição do governo Pró-Irã. Criticou as relações de amizade e carinho do governo com o ditador Armadinejad (errou o nome). Dilma destacou o apoio que os países ocidentais deram ao Brasil para fazer os acordos de paz com o Irã. Afirmou, categoricamente que o governo não compactua com violação dos direitos humanos. Serra replicou afirmando que a candidata é evasiva e não respondeu objetivamente sua pergunta. Destacou sua atuação e experiência na política. Dilma treplicou afirmando o candidato ser pretencioso. "Não sou dona da verdade. Ninguém é melhor que ninguém" e completou lamentando a tentativa do tucano de desqualificá-la.

Dilma expôs as recentes conquistas do Brasil em relação à compra da Petrobrás e a produção de navios. E perguntou ao Plínio o que ele achava. Plínio começou sua resposta com a frase: "é isso que dá o direito de resposta" e completou "pegadinha!". Disse não estar á par e não ser obrigado a saber de tudo. "Pegou o Plínio no pulo", o candidato afirmou, levanto a platéia às gargalhadas. Completou na tréplica: "Não sou obrigado a saber de tudo".

Marina encerrou o bloco perguntando ao José Serra como ele enfrentará no seu governo, caso fosse eleito, a questão dos desastres ambientais. O tucano criticou o governo por não ter um órgão especializado, nem se articular para resolver o problema. Propôs a criação da Defesa Civil nacional, que propoe articular governos municipais, estaduais e federal. Marina criticou os governos que tratam os desastres ambientais como "problema da natureza", afirmou que se trata de um problema de má gestão.
READ MORE

Análise Debate RedeTV/Folha SP - Parte 1

Posted by Domingos Santiago On 0 comentários
O debate realizado pela emissora REDETV e o Jornal Folha de São Paulo realizado ontem (12/9), mediado pelo jornalista kennedy Alencar, pôs frente a frente, Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB), Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL).
No primeiro bloco, o mediador sorteou os candidatos e perguntou a cada um deles "qual o maior sucesso e o maior fracasso do governo Lula, e o que mudaria no seu governo?".
A candidata Dilma foi a primeira a responder e analisou como sendo o grande sucesso do governo do PT o crescimento do país, a distribuição de renda e a melhoria na qualidade de vida. Preferiu substituir a palavra fracasso por desafio. E apontou como grande desafio a continuidade para que o Brasil tenha maior desenvolvimento.
Em seguida, foi a vez do candidato tucano. Serra elogio de o governo não "ter atirado o plano Real pela janela" e mantido a Lei de Responsabilidade Fiscal, destacando a oposição do PT ao plano e à Lei no passado. Apontou o mensalão, o dossiê dos aloprados e a violação dos dados da Receita Federal como grande fracasso na gestão petista. Destacou também o pouco investimento em saneamento, educação e saúde.
Plínio, em tom de humor, afirmou que o maior sucesso da gestão Lulista foi a popularidade no país em que "35% da população tem medo de passar fome". Criticou o assistencialismo do Programa Bolsa Família (elogiado pelos outros candidatos). E propôs redução da jornada de trabalho com aumento dos salários.
Marina afirmou que os sucessos e fracassos são os mesmos dos últimos 16 anos (governo FHC e Lula), destacando os avanços nas áreas sociais e econômica e o Plano Real. Criticou, segundo ela, a "ausência de visão ao integrar a sustentabilidade" com o desenvolvimento. Criticou também os poucos avanços na área de educação e completou criticando o retrocesso na política, destacando os escândalos políticos dos governos do PSDB e PT.

Na segunda parte do primeiro bloco, os candidatos fizeram perguntas entre si. Dilma foi a primeira sorteada e destacou a pesquisa do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) em que no ritmo em que o Brasil está, a miséria será erradicada até 2016. Perguntou para Marina quais suas políticas para acelerar este processo de erradicação da miséria e da extrema pobreza.
Marina elogiou as conquistas sociais e econômicas dos últimos 16 anos e destacou a capacitação dos jovens. A oferta de educação de qualidade e a continuação dos programas sociais para afastar a miséria do país.

Plínio de Arruda foi o segundo sorteado e perguntou á candidata Dilma sobre moradia. Sugeriu a ocupação das moradias vazias, ao invés da construção de novas casas.
Dilma destacou os avanços do governo em relação à moradia, falou sobre os financiamentos da Caixa Econômica Federal e do Programa Minha Casa, Minha Vida.
Plínio replicou, afirmando que a candidata não respondeu sua pergunta.

Marina foi a sorteada seguinte e entrou novamente no tema da corrupção. Perguntou "por que o atraso ético (na política) ainda permanece.
Dilma destacou o empenho do governo federal na "reabilitação dos mecanismos de controle da união", como o Portal da Transparência e a capacitação da Polícia Federal.

Serra encerrou o bloco, comentou sobre a quebra do sigilo fiscal da filha, Verônica Serra e perguntou ao candidato Plínio se ela conhece "alguém que tenha sido processado" por corrupção no governo.
Plínio começou sua resposta com a afirmação: "essa sujeira não me interessa nesta eleição. Isso representa o nível que chegou o debate político". Concluiu criticando que os demais candidatos (presentes no debate) não queriam discutir propostas.
READ MORE